Capítulo 2
“Os propósitos e as intenções de Deus, se é que
existe um deus, e a natureza de sua vontade não são assuntos possíveis de uma
teoria ou explicação científica. Mas isso não implica que não possa haver
comprovação científica pró ou contra a intervenção de uma causa semelhante não
regida por uma lei na ordem natural”
Thomas Nagel, New York, professor ateu de Filosofia
UM POUCO DE HISTÓRIA DA CIÊNCIA
Longe de exaurir o tema, essa
parte visa trazer esclarecimento e amadurecimento aos amantes da verdade: os
leitores. Não é nossa intenção condensar toda história da ciência antiga e
moderna em umas poucas linhas. Nos ateremos ao que importa mais em relação ao
todo deste manuscrito. Precisamos desfazer alguns mitos: Ex: A ciência é a
única forma de entender o mundo; A Razão e a Fé são contrárias, etc. Para
começar é necessário definir o que realmente é ciência e como ela funciona. Bertrand
Russell declarou que: “Qualquer conhecimento que se possa conseguir deve ser
obtido por métodos científicos; e o que a ciência não pode descobrir, a
humanidade não pode conhecer”. Por
que a Ciência Não Consegue Enterrar Deus, p.43
Contrariando
os leigos, estudantes e ateus evolucionistas, NÃO EXISTE UMA ÚNICA DEFINIÇÃO
ACEITA DE MÉTODO CIENTÍFICO. Michael Ruse, por exemplo, sustenta que ciência é
o que “por definição, trata apenas do que é natural, do que é replicável e do
que é regido por lei”. IDEM,
P.44 Para
complicar ainda mais as coisas, o
ideal iluminista do observador científico friamente racional, completamente
independente, livre de teorias preconcebidas, de prévios compromissos
filosóficos, éticos e religiosos, que faz pesquisas e chega a conclusões
desapaixonadas e imparciais, é visto hoje em dia pelos filósofos da ciência
sérios (e, de fato, pela maioria dos cientistas) como um mito simplista. Mas,
quais são e como funcionam os atuais métodos científicos? E, eles realmente são
contrários a fé? A tabela abaixo, embora não haja consenso, nos ajudará a
entender melhor essa questão:
Como
visto na tabela, o método começa com a observação de um fenômeno real, a
formulação e teste de hipóteses, seguida por uma teoria que deve passar por
suas implicações, conclusões e previsões. A seguir, a teoria deve ser testada
através de experimentos, análise lógica e produção de novas observações. Se os
resultados favorecem a teoria, ela segue seu caminho como a mais plausível até
ali para explicar dado problema da realidade – é a crença dos evolucionistas
sobre o Darwinismo. Caso a teoria tenha resultados finais que não a legitimam,
será necessário RECICLAR as hipóteses desde o começo. A grosso modo é assim que funciona. Quando
ateus ignorantes, afirmam , por exemplo, que Jesus nunca existiu como
personagem histórico real, ignoram que além dos quatro Evangelhos e todo Novo
Testamento, Jesus Cristo é citado por cinco fontes extrabíblicas, dentre eles:
Suetônio, Plínio e Flávio Josefo. Nenhum deles ganharia nada além de
reconhecimento de sua idoneidade em relatar fatos em seus escritos e não mitos,
como, Dawkins gosta de referir quando cita a Bíblia.
Outra questão importante
sobre o método científico é que o método
começa pela observação, que deve ser sistemática e controlada, a fim de que se
obtenham os fatos científicos. O método é cíclico, girando em torno do que se
denomina Teoria
Científica, a união indissociável do conjunto de todos os fatos científicos conhecidos e, de um
conjunto de hipóteses testáveis
e testadas capaz de explicá-los. Os fatos científicos, embora não
necessariamente reprodutíveis, têm que
ser necessariamente verificáveis. As hipóteses têm que ser testáveis frente aos fatos, e
por tal, falseáveis. As
teorias nunca são provadas e sim corroboradas. Uma informação importante sobre esta última colocação é
que: Após anos e anos sendo testadas, por vários métodos e cientistas
diferentes, com equipamentos novos e potentes, caso essa teoria resista por
muito tempo, termina virando uma Lei Científica. Ex: Lei da Gravidade; Leis da
Termodinâmica, etc. Pelo exposto acima e após 155 anos da invenção da Teoria
Darwiniana, até hoje NENHUM CIENTISTA NO MUNDO CONSEGUIU PROVAR DE FORMA
INCOSTESTÁVEL SEUS PRESSUPOSTOS BÁSICOS: Principal deles: Transposição de uma espécie
para outra. Algo vergonhoso, na Paleontologia e Arqueologia que, jamais acharam,
após tanto tempo e escavações, NENHUM ELO PERDIDO DE QUALQUER SER VIVO, NÃO SÓ
O HOMEM!!!
Outro
dado importante para nossa reflexão aqui é o fato que muitos ignoram sobre a
origem da Ciência Moderna. Peter Atkins, ateu e professor de Química da Universidade
de Oxford, afirma que: “A ciência, o sistema de crenças muito bem fundamentado
em conhecimentos reproduzíveis publicamente compartilhados, emergiu
da religião (grifo nosso). À medida que a ciência foi abandonando sua
crisálida para transformar-se na borboleta de hoje, ela conquistou todo
terreno”. IDEM,
P.11
Respondendo uma de nossas indagações iniciais, fica
difícil, senão impossível, afirmar que fé e ciência são opostas entre si, uma
vez que, os pioneiros da ciência como Kepler, alegavam que era exatamente sua
convicção da existência de um Criador que inspirava sua ciência a empreender
voos cada vez mais altos. Para ele e tantos outros cientistas laureados com o
prêmio Nobel, eram os cantos escuros do Universo de fato iluminados pela ciência que ofereciam amplas evidências da
engenhosidade de Deus. Longe do que Dawkins declara sobre a fé religiosa ser
cega, ignorar as evidências, “Não faz parte da visão bíblica, exigir que se
acredite em coisas sem que haja nenhuma evidência. Exatamente como acontece na
ciência, fé, razão e provas caminham juntas. A definição de fé apresentada por
Dawkins como uma “fé cega” acaba sendo, portanto, o exato oposto da fé definida
pela Bíblia. É curioso o fato de que ele não parece ter consciência da
discrepância. Seria isso uma consequência de sua própria fé cega?” IDEM, P.21
Outro dado interessante que demonstra como os homens de
ciência criam num Deus pessoal, é o fato de que 90% dos fundadores da Royal
Society da Inglaterra serem teístas. Para ficar mais claro, veja o que dizem
alguns eminentes cientistas sobre Deus: “Nossa ciência é a ciência de Deus. Ele
é responsável por toda a história científica [...]. A notável ordem,
consistência, confiabilidade e a fascinante complexidade presentes na descrição
científica do Universo refletem a ordem, consistência, confiabilidade e
complexidade da atividade de Deus”. Sir John Houghton, FRS
“Acredito há muitos anos que Deus é o grande arquiteto por
trás de toda a natureza [...]. Todos os meus estudos científicos a partir
daquele tempo confirmaram minha fé. Considero a Bíblia como minha principal
fonte de autoridade”. Sir Ghillean Prance,FRS, ex-diretor dos Jardins de Kew.
No
âmago de toda ciência está a convicção de que o Universo é ordenado. Sem essa
profunda convicção, a ciência não seria possível. Temos então o direito de
perguntar: de onde vem essa convicção? Melvin Calvin, prêmio Nobel de
Bioquímica, parece ter poucas dúvidas acerca de sua origem:
“Quando tento discernir a origem dessa convicção, tenho a
impressão de detectá-la na noção básica descoberta 2 ou 3 mil anos atrás, e
enunciada pela primeira vez no mundo
ocidental pelos antigos hebreus: ou seja, que o Universo é governado por um
único Deus e não é o produto dos caprichos de muitos deuses, cada um governando
seu próprio espaço segundo suas próprias leis. Essa visão monoteísta parece ser
o fundamento histórico da ciência moderna”. IDEM, P.26,27
Johannes Kepler, descreve sua motivação pela ciência da
seguinte forma: “O principal objetivo de todas as investigações do mundo
exterior deveria ser o de descobrir a ordem racional nele imposta por Deus e
por ele revelada na linguagem da matemática”. IDEM, P.28
Para fechar com chave de ouro, veja o que disse um eminente
físico:
“A astronomia nos leva a um evento único, um Universo que
foi criado a partir do nada, um Universo que tem exatamente o delicado
equilíbrio necessário para oferecer as condições precisas necessárias, a fim de
permitir a vida, um Universo que tem um plano subjacente (poderíamos dizer
sobrenatrual)”. Arno Penzias, laureado com o prêmio Nobel de Física
A
origem das espécies por meio da seleção natural proposta por Darwin só pode ser
comprovada no sentido da microevolução e não possui nenhuma base científica
verdadeira que prove a macroevolução. Tal abordagem não pode ser
provada empiricamente. A Evolução Darwiniana é uma ciência ruim, se é que pode
ser chamada de ciência. A ciência séria trabalha com a observação e a
experimentação e o macroevolucionismo não pode cumprir tal exigência para sua aprovação
como fato incontestável. Outro problema sério que a macroevolução enfrenta é a
ausência de elos perdidos ou animais de transição entre as espécies encontradas
nos estratos fósseis. O próprio Darwin admite que “Por que motivo toda formação
geológica e cada camada sedimentar não se encontram repletas desses elos? A
geologia não revela nenhuma cadeia orgânica interligada por elos contínuos (grifo
nosso), e nisso, talvez, é que consiste a objeção mais evidente e séria que se possa
contrapor à minha teoria”(A Origem das
Espécies, p. 392).
Michael
Denton, Biólogo Molecular, pesquisador Senior da Univerdade de Otago, Nova
Zelândia, autor de “Darwinismo: Uma Teoria em Crise”, discorda de Dawkins. Ele
afirma que: “ Não creio que a teoria Darwiniana da evolução seja algo
semelhante a um fato estabelecido, professado por tantos biólogos. Eu a chamo
de grande MITO (GRIFO NOSSO) COSMOLÓGICO OU COSMOGÊNICO DO
SÉCULO XX, e esta é a posição que ainda mantenho. Defendo que nada que
já tenha visto nas ciências biológicas, assim como nos avanços da ciência por
mim observados, ao longo dos últimos 20 anos, de nenhum modo, modificaram a
minha posição em qualquer aspecto, sobre a minha crença fundamental: que o
Darwinismo é uma explicação inadequada”. Ainda, “É possível citar muitos
exemplos no campo da biologia, de coisas que parecem como se estivessem muito
além do alcance deste simples mecanismo do Darwinismo. Há coisas como o pulmão
de uma ave. A pena, o ovo amniótico, o flagelo bacteriano. Realmente um vasto
número de sistemas naturais dotados de complexidade inigualável semelhante à de
um relógio, onde de fato para se ter um sistema que funcione, precisa-se de A,
B, C, D e assim por diante, tudo no devido lugar, e interligado, antes de poder
funcionar. É difícil compreender como este tipo de coisas surgiu por meio de
processos não previamente dirigidos. Por exemplo: A pena. A pena que permite o
voo é uma estrutura muito complexa, dotada de pequenos ganchos e bárbulas que as
interligam e mantém as partes juntas; e são estas minúsculas micro-adaptações
na pena que lhe dão capacidade para voar. O modelo da evolução Darwinista exige
que os intermediários sejam inteiramente funcionais. Não consigo imaginar como
se pode chegar a tal fim, sem ter que se passar por estruturas que realmente
não sejam funcionais em algum sentido biológico”.