Ariovaldo Ramos na Igreja
Batista da Lagoinha
Preces da esquerda evangélica estão sendo ouvidas…
Julio Severo
“Com o objetivo de mobilizar a
igreja brasileira a enviar e investir em seus missionários,” a Igreja Batista
da Lagoinha realizará a Conferência Povos e
Línguas “Por um Brasil Missionário!” nos dias 5 e 6 de abril de 2014.
O principal palestrante será
Ariovaldo Ramos.
Nunca li um artigo ou vi vídeo
de Ariovaldo chorando pelas almas perdidas. Mas ele chorou a morte do ditador comunista
Hugo Chávez, dizendo: “O melhor
que se pode dizer de alguém é que, porque ele passou por aqui, o mundo ficou
melhor! Isso se pode dizer de Hugo Chávez!”
Ariovaldo conhece
missões? Sim, somente nos tempos em que ele não estava ligado à Teologia da
Missão Integral (TMI). Depois de aprender com Caio Fábio um novo tipo de
missão, a TMI, ele viajou duas vezes à Venezuela para dar apoio a Chavez, que
ele conheceu pessoalmente.
Da boca de Ari, Chavez não
precisava ouvir sobre arrependimento e inferno nem que ele, com sua ideologia
comunista, estava tornando a Venezuela e o mundo lugares piores.
Definitivamente, não! Na atual visão missionária de Ari, Chavez deixou o mundo
muito melhor.
O que a Igreja Batista da
Lagoinha pretende com a presença de Ari como “mestre de missões”? Aprender a
transformar o mundo “num lugar melhor”? Ah, essa é a especialidade do Ari!
Afinal, ele sabe que a TMI tem bom diálogo e comunhão com o marxismo. Além
disso, ele tem as conexões certas para ajudar a Lagoinha.
Em fevereiro de 2013, Ari, como
representante da Aliança Evangélica, esteve com Gilberto Carvalho, do governo
do PT. O motivo da reunião foi uma
parceria entre evangélicos e PT.
Esse alinhamento “missionário” é
muito mais profundo. Quando o PT, com todas as esquerdas do Brasil, fez
oposição em massa a Marco Feliciano na presidência da Comissão de Direitos
Humanos da Câmara dos Deputados, Ari
assinou um manifesto contra Feliciano.
O que a Igreja Batista da
Lagoinha pretende aprender de Ari? Oposição “missionária” aos cristãos
conservadores que combatem a agenda de aborto e sodomia?
Por que a Igreja Batista da
Lagoinha quer seguir os passos de Ari, agindo como maria-vai-com-as-outras?
Ari tem sido um proeminente
“apóstolo” da TMI em igrejas mais tradicionais que rejeitam os dons
sobrenaturais do Espírito Santo. Ele
tem sido estrela em igrejas presbiterianas. Ele tem sido destaque
na Universidade Mackenzie e outros eventos
presbiterianos. Ari no Mackenzie não é nenhuma novidade. Ali ele está em
casa. Mas na Lagoinha também?
Ai dos apóstolos, não da TMI
Por falar em Mackenzie, seu
ex-chanceler, acompanhado de Paulo Romeiro (professor do Mackenzie), foram os
principais palestrantes do “Café Teológico,” patrocinado pela Editora Vida Nova. Não, não. Os dois não
trataram da TMI nem denunciaram Ari e outros que a apregoam e promovem no
Mackenzie.
O ex-chanceler ficou com o tema
“Apostolado no Brasil: Uma análise do movimento apostólico no Brasil.” Em vez
de se preocupar com a TMI, que grandemente afeta os quintais calvinistas e já
está contaminando outros quintais, sua preocupação foi com evangélicos que usam
títulos de apóstolos.
Ora, já que títulos são um
problema mais importante do que a TMI, vamos ao caso.
Num exemplo
muito simples, o título “reverendo” é aplicado a líderes das igrejas
presbiterianas e reformadas. O Dicionário Aurélio diz que o significado de
“reverendo” é: “que merece reverência.”
Do ponto-de-vista da Bíblia,
nenhum cristão está mais bem preparado só porque fez cursos de pós-graduação,
pós-doutorado, pós-mestrado, etc., pois segundo Efésios 4:11-12, os cinco dons
ministeriais são dados por Deus e não por uma faculdade ou universidade. Além
disso, os doutores em teologia foram os mais criticados por Jesus.
Hoje, Jesus não agiria
diferente. Depois de tantos pós disso e pós daquilo, o que os “mestres” e
“doutores” em teologia fazem de melhor é blasfemar contra o Espírito Santo com
suas heresias cessacionistas e colaborar com o liberalismo teológico da TMI.
Ainda assim, esses homens
mortais portadores de diplomas de doutores em teologia são tratados com real
“reverência.” Se eles, que são meros seres humanos, se ofendem
espalhafatosamente com títulos como apóstolo e profeta, apropriados para serem
usados para pessoas, como deveria Deus expressar seus sentimentos quando um
homem usa o título de “reverendo,” que deveria pertencer somente a Ele?
O próprio Jesus Cristo nos
alertou sobre títulos:
“Eles preferem os
melhores lugares nos banquetes e os lugares de honra nas sinagogas. Gostam de
ser cumprimentados com respeito nas praças e de ser chamados de ‘mestre’. Porém
vocês não devem ser chamados de ‘mestre’, pois todos vocês são membros de uma
mesma família e têm somente um Mestre. E aqui na terra não chamem ninguém de
pai porque vocês têm somente um Pai, que está no céu. Vocês não devem também
ser chamados de ‘líderes’ porque vocês têm um líder, o Messias. Entre vocês, o
mais importante é aquele que serve os outros.” (Mateus 23:6-11 NTLH)
Em nossos dias, Jesus poderia
igualmente nos avisar: “E aqui na terra não chamem ninguém de ‘reverendo’
porque há somente um que merece reverência e Ele está no céu”.
Por isso, um tema muito mais
relevante e necessário seria: “’Apóstolos’ da TMI no Brasil: Uma análise do
movimento esquerdista entre os evangélicos do Brasil.” Fica a sugestão para o
“reverendo” e “doutor” Nicodemus.
Por que a Editora Vida Nova
patrocina um evento contra o movimento apostólico, mas não faz o mesmo
patrocínio contra a TMI deixa de ser um mistério quando vemos que o
site Teologia Brasileira, que pertence à editora, abriga conhecidos “apóstolos”
da TMI.
Ai dos ídolos dos outros…
No “Café Teológico,” Paulo
Romeiro também não quis tratar da TMI. Coube a ele o tema “Ídolos Evangélicos:
O culto à personalidade, como os evangélicos constroem seus ídolos.” Longe de
mim dizer que esse é um problema que não precisa ser tratado, mas vamos lidar
com nomes mais ligados à realidade do quintal de Romeiro e Nicodemus: o
Mackenzie ou, mais especificamente, sua dona, a Igreja Presbiteriana do Brasil.
Nos tempos em que Caio Fábio não havia caído em adultério e escândalos
financeiros, não me lembro de Romeiro ou Nicodemus denunciando em livros que Caio
Fábio havia se tornado o maior ídolo evangélico da história do Brasil. Não me
lembro deles se queixando do “culto à personalidade de Caio,” nem de como a IPB
construiu esse ídolo.
Não me lembro também de
Romeiro denunciando Caio Fábio como o maior promotor da TMI no Brasil. Se ele
não quer tratar de questões passadas, então vamos lá: não me lembro dele denunciando
Bishara Awad, que esteve dando palestra “apologética” na igreja dele em
maio de 2013. Awad tem sido denunciado pelo WND, um dos maiores portais conservadores do
mundo, como um ativista palestino cuja mensagem está estreitamente ligada à Teologia da Libertação Palestina. Como é que um
promotor dessa teologia é promovido por um professor do Mackenzie?
Não me lembro também de
Romeiro denunciando o cessacionismo como heresia. Se fosse difícil fazer isso,
o teólogo calvinista Vincent Cheung nunca teria afirmado que o cessacionismo é uma doutrina falsa e que os teólogos cessacionistas
são representações de Satanás.
Dá até para entender que líderes
ligados ao Mackenzie não tenham visão para enxergar a gravidade da TMI e os
perigos “missionários” da ideologia de Ari. Afinal, muitos deles são
cessacionistas, isto é, rejeitadores dos dons sobrenaturais do Espírito Santo.
Daí, são cegos e surdos espirituais.
Por outro lado, a Igreja Batista
da Lagoinha e especialmente Ana
Paula Valadão é criticada há muito tempo por crer nesses dons. Ela é
criticada por líderes cessacionistas que perdoam qualquer coisa de Ari e sua
TMI, mas nada perdoam da Lagoinha.
Pior: cheirar ou simular, eis a questão
Quando o
Pr. Lucinho Barreto, que tem um ministério voltado aos jovens na Igreja Batista
da Lagoinha, “cheirou a Bíblia” meses atrás, houve um
“escândalo” nacional, com muitos chamando-o de “herético” e dizendo que ele
estava “envergonhando” o Evangelho. Pelo menos para mim, deu para entender que
o pastor não estava com a intenção nem de profanar a Bíblia nem de defender o
uso de drogas, mas estava apenas usando a simulação com a Bíblia para dar aos
jovens a mensagem de que a Bíblia deve ser sempre consumida. Se o uso desse
tipo de simulação é correto ou não, deixo para critério do leitor.
Quando Ari e seus colegas da TMI
defenderam as drogas (não a mera
simulação) em junho de 2013, houve algumas queixas aqui e ali, mas nada de
escândalo nacional. A reação à simulação do Pr. Lucinho foi muito mais pesada
do que a reação à defesa do uso de drogas feita por Ari.
A ala da TMI e simpatizantes não
poupou críticas ao Pr. Lucinho. Renato Vargens, um pastor viciado em localizar
e fabricar apostasias em pentecostais e neopentecostais, disse que a simulação
do pastor da Lagoinha foi uma “vergonha” para o Evangelho. Sobre Ari e sua
defesa das drogas? Vargens ficou de bico fechado.
Então, o que a Igreja Batista da
Lagoinha pretende aprender de Ari? Amansar as incessantes críticas da ala da
TMI? Esse é um resultado inevitável. Quando a Lagoinha realizou no ano passado
um congresso sobre missão integral, um conhecido blog calvinista “apologético,”
que sempre ataca neopentecostais e seus dons sobrenaturais, pulou de alegria
com o evento da igreja batista neopentecostal.
Na época, eu perguntei: “O que virá
depois? Vargens pregando em culto na Lagoinha? Ariovaldo Ramos dando palestra
no próximo Congresso de Missão Integral ali? Danilo Fernandes, o dono do
Genizah, ensinando ‘apologética’ na escola dominical da Lagoinha?”
Agora, só faltam Vargens e
Danilo.
Há caminhos melhores para se
aprender a fazer missões? Sem dúvida: a igreja apostólica original. Os
apóstolos oravam e o Espírito Santo dirigia:
“Na Igreja em Antioquia
havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, conhecido por seu segundo nome,
Niger, Lúcio de Cirene, Manaém que era irmão de criação de Herodes, o
governador, e Saulo. Enquanto serviam, adoravam e jejuavam ao Senhor, o
Espírito Santo lhes ordenou: ‘Separai-me, agora, Barnabé e Saulo para a missão
a qual os tenho chamado.’” (Atos 13-1-2 KJA)
No caso de Ari, o que a Igreja
Batista da Lagoinha vai aprender com ele agindo como maria-vai-com-as-outras?
Tudo o que Ari aprendeu — inclusive confundir Evangelho com ideologia socialista
e alianças com o PT — veio de seu pai espiritual, Caio Fábio.
De acordo com Caio Fábio, o
ex-chanceler do Mackenzie parece ter dito que a
igreja brasileira ainda precisa dele . Prova disso é que o Mackenzie
está aberto para o maior filho espiritual dele.
Estou apresentando algumas
evidências, com links. Se a Igreja Batista da Lagoinha tem dúvidas, por que não
recorre ao Espírito Santo? Por que não deixá-lo falar? Por que abraçar a TMI,
que tem tudo a ver com a ideologia marxista e nada a ver com o Evangelho?
C. Peter Wagner: o maior combatente contra o
liberalismo teológico da TMI
Não sou o primeiro evangélico a
alertar sobre os perigos da TMI. O Dr. C. Peter Wagner tem experiências de
décadas contra essa teologia. Aliás, ele escreveu o prefácio do meu e-book
sobre esse assunto, com as seguintes palavras:
“É muito importante se
conscientizar das invasões que a ideologia marxista tem feito em alguns ramos
do Cristianismo. Na América Latina, o conceito de aparência bonita chamado de misión integral (missão integral) se
revelou no final como uma plataforma sutil para políticas esquerdistas. Julio
Severo compreende isso e desmascara de forma habilidosa essas ideias
potencialmente prejudiciais em seu livro, Teologia
da Libertação versus Teologia da Prosperidade. Nesse livro, ele ajuda a
revelar a realidade que dá para se produzir com eficácia mudança social ainda
mais profunda e mais permanente da pobreza para a prosperidade proclamando-se e
praticando-se a doutrina bíblica do Reino, abrindo a porta para o poder
transformador do Espírito Santo. Este é um livro que muito recomendo!”
Para quem quer ler e divulgar
meu e-book, siga este link para mais informações: http://bit.ly/141G7JH
Por mais de 40 anos, C.
Peter Wagner tem combatido a Teologia da Libertação e sua versão protestante, a
TMI. Hoje, ele ocupa posição proeminente no movimento apostólico. Não é à toa
pois que os adeptos e simpatizantes da TMI sejam os maiores inimigos do
movimento apostólico, especialmente de C. Peter Wagner.
Augustus Nicodemus, que
se retrata como combatente contra o liberalismo teológico, é incapaz de atacar
frontalmente tal liberalismo na TMI e citar seus promotores. Mas cita com
facilidade Peter Wagner em ataques ao movimento apostólico, cujo maior líder é
o maior combatente contra a TMI. Assim, quem deveria ajudar, atrapalha — mas
não atrapalha Ari no Mackenzie!
Entretanto, é de estranhar que a
Lagoinha, que aceita apóstolos, esteja se aliando à teologia-ideologia
mal-intencionada de seus críticos.
O feitiço e a síndrome da maria-vai-com-as-outras
A Convenção
Batista Nacional, da qual a Lagoinha faz parte, já está namorando a Teologia da
Missão Integral há algum tempo. Mas mesmo isso não é motivo
para a Lagoinha ser maria-vai-com-as-outras.
Claro que se a Lagoinha estiver
se aproximando da TMI como estratégia para acalmar os ânimos dos críticos
calvinistas cessacionistas ou obter algumas vantagens político-financeiras, Ari
tem experiências “missionárias” de sobra nessas áreas.
Depois do aprendizado, não
estranhe se, a exemplo de Ari chorando por Chávez, a Igreja Batista da Lagoinha
chorar a morte vindoura de Fidel Castro, dizendo, junto com a ala da TMI, que
ele deixou o mundo melhor.
Não estranhe também se famosos
calvinistas cessacionistas, ferrenhos inimigos dos neopentecostais e ferrenhos
amigos da TMI e seus simpatizantes, riscarem a Lagoinha da lista negra, de modo
que nunca mais ouviremos Vargens ou outros calvinistas se queixando das
experiências sobrenaturais de Ana Paula Valadão.
Se posso parafrasear um recado
de Deus, digo:
“Ó insensatos líderes
da Igreja Batista da Lagoinha! Quem vos enfeitiçou? Ora, não foi diante dos
vossos olhos que Jesus Cristo foi exposto como crucificado? Quero tão-somente
que me respondais: Foi por intermédio da Teologia da Missão Integral que
recebestes o Espírito Santo, ou pela fé naquilo que ouvistes? Estais tão
enlouquecidos assim, a ponto de, tendo começado pelo Espírito de Deus, estar
desejando agora vos aperfeiçoar por meio do mero esforço humano? É possível que
vos tenha sido inútil sofrer tudo o que sofrestes? Se é que isso foi por nada!
Aquele que vos dá o seu Espírito, e que realiza milagres entre vós, será que
assim procede pela Teologia da Missão Integral, ou por meio da fé com a qual
recebestes a Palavra?” (Gálatas 3:1-5 KJA)
Talvez tenham sido enfeitiçados
ou coisa pior. Nesta altura, dá para desconfiar se a atitude do Pr. Lucinho de
“cheirar a Bíblia” tenha sido mesmo simulação ou não. Se não foi, isso explica
a razão de ele e a Lagoinha estarem cheirando as drogas da TMI.
Do contrário, como a Igreja da
Lagoinha quer o “objetivo de mobilizar a igreja brasileira a enviar e investir
em seus missionários” se enchendo da teologia-ideologia de Ari? Exatamente do
jeito que a esquerda gosta: com a cabeça cheia de drogas.
Querem ajudar os pobres e
necessitados? A Igreja Cristã tem feito exatamente isso por dois mil anos, sem
nenhuma necessidade de recorrer ao socialismo e outra ideologias.
Será que é um mistério que os
apóstolos originais de Jesus tenham ajudado os pobres sem terem conhecido a
TMI? Então por que se encher agora de uma teologia-ideologia que chora por
ditadores comunistas e cria pregadores que os exaltam como criaturas que deixam
o mundo melhor?
PUBLICADO COM AUTORIZAÇÃO DO AUTOR.
ENCONTRADO ORIGINALMENTE EM: http://bit.ly/1ha94tg